Ela é chamada de Eterna, dizem que os deuses determinaram seus Fados. Foi a capital de um império que dominou o mundo mediterrâneo por séculos. É a única cidade do mundo que abrigar um país inteiro e a capital espiritual do mundo cristão. Além disso, é uma das 25 cidades mais belas do mundo, cidade irmã de Paris, cidade museu e uma das mais importantes da história da humanidade.
Roma, a cidade eterna, uma fascinante cidade, classificada como Património Mundial da Humanidade, repleta de arte, arquitetura monumental e História.
Conhecê-la, não exige muitos passos até encontrar grandes obras. Afinal, trata-se de uma cidade museu. E desde praças e fontes até um dos maiores e mais ricos museus do mundo, tudo nela é arte e História que convida à descoberta. O que significa dizer, por alguns dias e com calçados confortáveis, pois é caminhando que se conhece Roma.
fontes e praças de roma
E para começar, a Vila Borghese pode ser um óptima ponto de partida para o passeio. De onde têm-se uma vista panorâmica da cidade e vê-se, logo abaixo, a Piazza Del Popolo. Onde está situada a Basílica de Santa Maria Del Popolo, assim como, obras de artistas como Caravaggio e Raffaello Sanzio. Enquanto as igrejas consideradas gémeas também marcam o início da Via del Corso, uma movimentada rua por onde se pode chegar a Piazza Spagna.
E ao mesmo tempo que nos encantamos com a cidade e sua agitação turística, os vários obeliscos chamam-nos a atenção. Então, as águas que jorram das várias fontes parecem contar-nos sobre a travessia destes obeliscos desde terras distantes, pelo mar que os romanos chamavam de “nostrum”, o Mediterrâneo. Embarcados em Alexandria onde chegaram pelo rio Nilo, representando o continente africano ao lado do Danúbio, Ganges e rio de La Plata, também representando seus respectivos continentes, em um dos trabalhos de Bernini a ser apreciado ao ar livre, a Fontana dei Quattro Fiumi, na Piazza Navona. Uma praça que conta com mais duas belíssimas fontes, a Fontana dei Moro e Fontana di Netuno.
lendas romanas
Até que chegarmos à rainha de todas elas, a Fontana di Trevi, a gigantesca fonte barroca que combina escultura, natureza e arquitetura. Aliás foi em Roma que nasceu a arte barroca. Segundo a lenda, quem joga na Fontana di Trevi uma moeda por cima do ombro, retornará a Roma. Se é verdade não sei, o certo é que para conhecer melhor esta cidade, é preciso além de alguns dias, mergulhar em suas histórias e na História. Por isso, além de deixar uma moedinha na Fontana, vale a pena conhecer a história da origem lendária de Roma.
E para finalizar, a Piazza San Pietro não poderia ficar de fora. Projetada por Gian Lorenzo Bernini a praça é ladeada por colunas que formam um “abraço fraterno” aos peregrinos. Enquanto a Basílica de São Pedro consagra com esplendor a arquitetura e arte sublime. Entre elas, a Pietà de Michelangelo.
arquitetura colossal
Certamente a arquitetura é um dos destaques nessa cidade de construções monumentais e de diferentes épocas. Então, nada melhor que passear na Via Del Fori ladeada por ruínas monumentais dos fórum imperiais. Que dão testemunho da passagem de muitos imperadores, estilos de arte, arquitetura e design urbano, de mais de um milénio de História.
Por ela alcançamos o sangrento templo dos gladiaremos, o monumental Coliseu, Monte Palatino e, mais adiante, o Arco de Constantino. Mas enquanto cada arco representa um triunfo, a Coluna de Trajano é, além disso, um impressionante diário de guerra do imperador sobre os dácios. Uma obra impressionante toda feita em mármore, no Forum de Trajano.
o panteão
Contudo, as relíquias arquitectónicas de Roma vão além das ruínas. O Panteão, por exemplo, é uma obra que mantém-se firme como uma das mais bem preservadas estruturas romanas antigas, e em uso por toda a sua história. O que significa dizer, quase dois mil anos. Indiscutivelmente o que mais chama a atenção no Panteão é a maior cúpula de concreto não reforçado do mundo com sua mítica abertura que intriga alguns sobre o que ocorre quando chove.
Bem, a respeito disto, em dias de sol a abertura permite a entrada de luz que passeia pelo espaço num movimento inverso ao de um relógio do sol, enquanto em dias de chuva…chove. E um sistema de drenagem no piso, quase imperceptível, remove a água que escorre pela abertura.
quanto tempo para conhecer roma?
Depois deste passeio, lá se vai um ou mais um dia em Roma, que continua linda, romântica e impressionante, sob a luz da lua e ainda falta muito o que ver. Afinal, para se conhecer bem a cidade, o ideal é reservar no mínimo 4 dias. E, por via das dúvidas, ha sempre a alternativa de jogar uma moeda na Fontana di Trevi para garantir a volta e a continua descoberta da Cidade Eterna.
Naturalmente, nesta viagem não poderiam ficar de fora os Museus do Vaticano com um dos acervos mais importantes da humanidade e um dos museus mais visitados do mundo. Por isso, é bom saber que no primeiro domingo de cada mês, museus públicos, monumentos e sítios arqueológicos são gratuitos para todos os visitantes. Mas, como não é possível conhecer tudo em um único dia, a dica é comprar bilhetes que combinam várias atrações e com antecedência, evitando filas.
Por fim, entre as muitas grandiosas obras do Império Romano, estão as estradas. Por isso não deixe de conhecer a Via Appia Antiga, e dar um passeio o de bicicleta nas proximidades de Roma.
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