Antes de tudo, já imaginou conhecer todas as praias do litoral sul de Portugal? Pois é disto que se trata “Tanto Mar”, uma caminhada pelo litoral Sul de Portugal desde Vila Real de Santo António até Lisboa. Dessa forma, depois de tê-lo percorrido indagamos: Aah Portugal, quanto do teu sal alimenta saudades em quem já desfrutou de tuas águas cristalinas, neste Tanto Mar.

pé na areia


Pois bem, como já dizia o poeta, navegar é preciso. Então, de pés descalços seguimos a desvendar a espuma litoral deste país à beira mar plantado e além disso, filmamos todos os detalhes e partilhamos, etapa a etapa, mais abaixo neste post ou em nosso canal do YouTube.

E assim, passo após passo, descobrimos que entre inúmeros cenários paradisíacos e recantos desconhecidos, estão duas das praias mais bonitas do mundo. De forma que, nem mesmo os dinossauros dispensavam um mergulho por essas bandas. Contudo se nos dias de hoje são as selfs que garantem o registro da visita, esses bichinhos encontraram uma forma mais autêntica de eternizar a passagem pela região e deixaram suas pegadas a compor o cenário, tanto na Praia de Salema como no Cabo Espichel. Ou seja, em meio a tanta beleza é natural que todos queiram ficar bem na foto, e para o feito não há como economizar cartões de memória.

Caminhada por toda Costa Sul de Portugal

pé na terra

A terra é de lendários navegadores, todavia, por terra também se navega, bem o diz quem o faz, seja por peregrinação ou contemplação, partindo numa caminhada desde Faro e seguindo pelo interior, ou mesmo a cruzar o país de sul a norte, rumo a Santiago de Compostela pela Costa Vicentina, seja pelo Caminho Histórico.

E, além disso, há a rota à beira mar marcada pelos pescadores, o Trilhos dos Pescadores. Porque, seja por terra ou mar, de cristãos a atletas, nesta rota chega-se não só a Lisboa, com também pode se ir além e chegar até a Rússia seguindo a Grande Rota – GR11 E9.

rosa dos ventos

Por isso, é hora de pegar o chapéu de sol e fato de banho. Reunir disposição para muitos mergulhos e seguir neste post a percorrer o litoral sul de Portugal a pé desde Vila Real de Santo António até Lisboa. Dessa forma descobrirá que Tanto Mar é muito mais que uma simples caminhada.

Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que vivi junto ao mar…

SOPHIA DE MELLO ANDRESEN

algarve

Assim sendo, iniciamos nossa caminhada com um doce segredo, num Algarve que mantém viva às origens piscatórias o que, nem que seja ao ritmo do corridinho algarvio, já merece a visita. Contudo, é bom saber que desde os tempos de Al-Ghab, as Ilhas da Ria Formosa roubam corações de desavisados, enquanto a gastronomia algarvia prende-nos pelo estômago.

E depois de resistirmos a tamanha doçura, dizendo adeus aos encantos da Ria tão formosa, enfrentamos a força da paixão despertada por falésias esculpidas pelo tempo e coloridas com o testemunho da História já na Península do Ancão, onde começa a região do Barlavento, bem como na Praia da Falésia. Isso porque o Barlavento é um litoral de cores e ventos tão fortes quanto os homens que dali saíram para descobrir o mundo.

costa alentejana

No entanto, se até aqui o passo exigiu coração, agora as paisagens da costa alentejana tira-nos o fôlego desde o Parque Natural do Sudoeste Alentejano até o Parque Nacional da Serra da Arrábida. De forma que mesmo os dinossauros, fizeram questão de marcar sua passagem pela região com pegadas na Praia de Salema. E certamente, não foi por acaso que o litoral Alentejano tornou-se refúgio para a rainha do Fado, Amália Rodrigues, sendo sua praia de eleição batizada como a Praia da Amália.

Pois é assim, avistando a Ilha do Pessegueiro e roendo uma laranja dos algarves na falésia, pensamos em como são tantas as descobertas. E olha que nem foi necessário irmos às Índias, mas já estamos quase a chegar em terras de Vasco da Gama. E é mesmo em Sines que nos despedimos das agrestes falésias e nos lançamos a descobrir verdadeiras esculturas naturais ao longo de 60 km de um cordão areal, que inclui as Lagoas de Santo André e Lagoa de Melides, até chegarmos àquela, que Ulises enfrentaria uma nova Odisseia para conquista-la, a península de Tróia numa das maiores extensões de praia da Europa.

serra da arrábida


Então, é chegada a hora de pegarmos o barco e contemplarmos a paisagem do estuário do Sado, nos despendido da costa azul e entrarmos na última península desta caminhada, a Península de Setubal. Mas antes de seguirmos em novas descobertas pelo Parque Natural da Serra da Arrábida, é imprescindível conhecer um dos mais belos mercados do mundo. Além de dedicar-se à difícil tarefa e chegar, ou não, a alguma conclusão sobre o peixe de eleição, num dos banquetes de pescando. Em outras palavras, integrar o júri de uma deliciosa disputa entre Setúbal e Sesimbra, onde o choco frito e o peixe espada preto travam um verdadeiro duelo de sabores. Enquanto mais adiante, mais uma vez, os passos de dinossauros marcam a paisagens e alimentam lendas na reta final desta incrível viagem.

A Serra da Arrábida é especial, de tal forma que não é de se admirar que nela existam vestígios desde os tempos mais remotos, desde os dinossauros aos romanos, do período neolítico ao cristão, fazendo jus à ideia de santuário natural. Nesse sentido o convite a descoberta de trilhos e praias é imperativo. Como por exemplo, uma caminhada até o Alto do Jaspe e, mais adiante, contemplar a beleza da Praia da Cora com águas de azul profundo no Cabo de Ares. E da mesma forma, praias como Galapinhos, Praia do Coelho e o Portinho da Arrábida, e além da beleza do pequeno porto, as ruínas romanas da salga do peixe na Praia do Creiro.

E então chegamos a Sesimbra com ruelas estreitas e cheiro de maresia, entre o Castelo dos Mouros e Fortaleza de Santiago, repleta de esplanadas a pescar-nos para as delicias do mar, antes de seguirmos para a Praia do Ribeiro do Cavalo que aguarda deslumbrante a visita dos amantes de trilhas.

costa da caparica

Nesta altura, já estamos quase em Lisboa e ainda há muito para se encantar, porque depois do Cabo Espichel vem a Costa da Caparica onde dizem que o sol está sempre a brilhar. Contudo, é preciso dizer que desde Vila Real de Santo António até Lisboa é a luz deste sol que define o despertar. E o calor que aquece o dia, é apenas uma generosa forma de distrair-nos da ansiedade em assistir seu espetáculo diário ao vê-lo se pôr, nas noites primaveris e de verão desta viagem pelo litoral sul de Portugal.

Dessa forma, neste ritual que antecede às estrelas e ao cheiro da maresia, emoldurado por sorrisos de um povo amável, espirituoso e de incontáveis histórias, que percorremos o litoral do país dos descobridores. Um país que se deixa conhecer e permitiu-nos conhecermo-nos mais a cada passo. Entre sentimentos, encontros e situações comuns, quando percorre-se longas distâncias, por dias seguidos, a pé e com mochila às costas.

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Por fim, esperamos que este Tanto Mar português que pôs-nos em movimento a descobrir o litoral sul a pé, possa estimulá-lo a conhece-lo à sua maneira, afinal, navegar é preciso e foi bonita a festa, páh!

etapa a etapa

Agora é hora de percorrer este caminho, sem esforço. Afinal, com vídeo e mapa de todas as etapa, vai-se de Vila Real de Santo António a Lisboa num instante, veja a seguir:

👣 25 km / Etapa 1 – 33

Via Real de Santo António – Cabanas de Tavira

Antes de tudo, é preciso dizer que na região do Sotavento, extremo sul de Portugal, é o movimento das marés que dita os passos, permitindo ou não, o progresso através das barras formadas pelas lagunas da Ria Formosa

Por isso, a caminhada entre Vila Real de Santo António e Cabanas de Tavira, segue pela praia até Manta Rota. E depois, é o Parque Natural da Ria Formosa o cenário a ser percorrido até Cancela Velha. Da mesma forma, até Cabanas de Tavira.

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

MENSAGEM – fernando pessoa

👣 25 km / Etapa 1 – 33

👣 23 km / Etapa 2 – 33





Cabanas de Tavira – Ilha de Tavira

E embora tenhamos ultrapassado a primeira barreira, ficamos a ver navios quando caminhamos pela Ilha de Cabanas, uma faixa de areia estreita e comprida com 70 metros de largura e aproximadamente 7 km, com o objetivo de chegarmos à Ilha de Tavira. Isto porque, entre as ilhas de Cabanas e Tavira, não há meios de travessia. 


Assim sendo, voltamos a Cabanas e seguimos pela Ecovia do Algarve até Tavira, onde atravessamos para à Ilha de Tavira

Mas não sem antes conhecermos a lenda do rio de dois nomes, Gilão e Séqua.

👣 23 km / Etapa 2 – 33






👣 23 km / Etapa 3 – 33

Ilha de Tavira – Fuseta

Depois de uma manhã de caminhada pela Ilha de Tavira, chegamos à Praia do Barril, uma antiga aldeia de pesca do atum dos anos 60, que preserva esta memória com um cemitério de âncoras e o museu do atum
Assim sendo, almoçamos uma deliciosa barriga de atum e depois conhecemos o ser vivo mais antigo de Portugal, uma oliveira com mais de dois mil anos, antes de chegarmos à Fuseta.


👣 23 km / Etapa 3 – 33



👣 17 km / Etapa 4 – 33


Fuseta – Olhão

Atraídos pelo burburinho, conhecemos o mercado de peixe enquanto aguardávamos o barco para mais uma travessia. Depois, seguimos para à ilha que uns chamam de Ilha da Fuseta, enquanto outros dizem tratar-se da Ilha da Armona
Seja como for, a ilha é um verdadeiro tesouro e vale cada passo da caminhada, concluída em Olhão, após muitos solitários mergulhos.



👣 17 km / Etapa 4 – 33




👣 14 km / Etapa 5 – 33


Olhão – Ilha de Culatra

Entre ilhas e em meio ao ambiente de pesca, mergulhamos nas histórias e costumes tradicionais, seguimos para à Ilha da Culatra, uma autêntica aldeia do mar. Enquanto, logo ao amanhecer seguia-se a agitação no movimentado Mercado Municipal de Olhão, garantindo bom peixe e verduras, numa animada agitação entre olhenses e turistas. 


Nesse ínterim, nos distraímos com as histórias de pescadores e a lenda da moura Floripes a pensar numa bela cataplana de mariscos que nos reporia as forças da caminhada pela ilha.



👣 14 km / Etapa 5 – 33




👣 20 km / Etapa 6 – 33 



Faro – Ilha Deserta

Apesar de todo encanto da aldeia do mar, nos despedimos e seguimos para uma caminhada numa ilha deserta, a Ilha da Barreta

Uma ilha que, apesar de deserta conta com um único morador, é também o local onde está localizado o Cabo mais a sul de Portugal Continental, o Cabo de Santa Maria
Então, este incrível cenário, remeteu-nos à poesia:

Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida…

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN.




👣 20 km / Etapa 6 – 33 





👣 25 km / Etapa 7 – 33



Faro – Quarteira

E assim, entre poesia e lendas, nos despedimos da brisa suave do Sotavento e da linda Ria Formosa com suas encantadoras ilhas, para seguirmos pela Península de Ancão, mais conhecida como Ilha de Faro, até à Quarteira, no Barlavento.



👣 25 km / Etapa 7 – 33





👣 30 km / Etapa 8 – 33

Quarteira – Albufeira

Seguimos pela península de Ancão, ladeados por falésias e formações rochosas, de tonalidades que variam entre o amarelo e o vermelho, ao mesmo tempo que contrastam com tons de verdes e azuis de um mar de águas transparentes, até chegarmos à Quarteira

Ou seja, nossa caminhada segue agora pelo Barlavento, lado onde não apenas o vento sopra mais forte, como também forte são suas cores e emoções que desperta, em tardes que se vão sob as cores alaranjadas do pôr do sol, um espetáculo diário que nos acompanhará até Lisboa.

As armas e os barões assinalados/ que da Ocidental praia lusitana/ por mares nunca dantes navegados/ passaram além da Taprobana/ em perigos e guerras esforçados/ mais do que prometia a força humana/ entre gente remota edificaram/ novo reino que tanto sublimaram”

Os lusíadas, luis vaz de camões



👣 30 km / Etapa 8 – 33



👣 26 km / Etapa 9 – 33

Albufeira – Armação de Pêra

Entretanto, às vezes é preciso criar caminhos além dos existentes. Como por exemplo, entre Albufeira e Armação de Pêra. Nesses momentos apelamos então à liberdade de caminhar de pés descalços em “oração”, enquanto contornamos obstáculos.

Liberdade, que estais no céu…Liberdade, que estais em mim, Santificado seja o vosso nome.”

MIGUEL TORGA



👣 26 km / Etapa 9 – 33


👣 34 km / Etapa 10 – 33 


Armação de Pêra – Ferragudo

Ao mesmo tempo, há dias de trajeto mais longo que o habitual, a exemplo da caminhada entre Armação de Pêra e Ferragudo. Inegavelmente um dos troços de Costa mais belos da região do Algarve, que inclui um trilho marcado como Os Sete Vales Suspensos de apenas 5,7 km, entre a Praia da Marinha e a Praia de Vale de Centeanes.

Um tramo que guarda a descoberta de uma sequência de belezas naturais, começando pela Praia de Nossa Senhora da Rocha, com destaque para a gruta de Benagil e a Praia do Carvalho.


👣 34 km / Etapa 10 – 33 






👣 26 km / Etapa 11 – 33


Ferragudo – Alvor

Seja como for, o já costumeiro espetáculo do pôr do sol cumpriu seu ritual diário e de forma esplendorosa na nossa chegada à Praia de Alvor, enquanto percorríamos o percurso pedonal “Ao sabor da maré”. De forma que, naturalmente, e mais uma vez, veio nos fazer companhia a poesia. Então terminamos o dia…

Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,

Como quem abre os olhos e vê…

FERNANDO PESSOA





👣 26 km / Etapa 11 – 33




👣 22 km / Etapa 12 – 33


Alvor – Lagos

Contudo iniciámos o dia seguinte a descobrir caminhos, pois logo depois da Praia de Alvor, há uma barra que só é possível contorná-la seguindo pela Ria de Alvor, um pequeno rio resultante da união de quatro cursos de águas nascidos na encosta da Serra de Monchique, que estabelece uma ria larga e contitui uma fronteira natural entre os municípios de Lagos e Portimão
Em seguida surge o extenso areal da Meia-Praia que nos conduz a Lagos, passando pela Aldeia dos “Índios da Meia-Praia”, de Zeca Afonso. Enquanto nos aguardava um belo rodízio de sardinhas no restaurante “O escondidinho”, em Lagos, na conclusão da caminhada do dia.



👣 22 km / Etapa 12 – 33




👣 25 km / Etapa 13 – 33

Lagos – Salema

Já entre Lagos e Salema, salientamos que as paisagens são de cortar a respiração, de forma que é impossível ficar indiferente às formas esculpidas pelo mar e pelo tempo que formam um cenário paradisíaco composto por rochedos recortados, de cor ocre em contraste com o azul esverdeado da água do mar que abriga praias como a Praia de Dona Ana e a Praia do Camilo. Além da Ponta da Piedade, eleita por um jornal americano como a praia mais bonita do mundo.

Posteriormente, em Burgau, entramos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, onde a natureza preservada tem um caráter forte e selvagem que se traduz em paisagens de imponência deslumbrante.



👣 25 km / Etapa 13 – 33



👣 32 km / Etapa 14 – 33

Salema – Sagres

Nesta altura estamos prestes a concluirmos o trajeto sul do Algarve. Contudo, entre encontros e despedidas, já estamos a falar em saudade.


“A saudade e o fim da tarde, é olhar o mar…
Estamos há espera do que há-de vir”



Mas não sem antes registrarmos, na Praia de Salema, vestígios arqueológicos de pegadas de dinossauros. Enquanto, mais à frente, uma pequena praia nos lembra a obra de José Saramago, na praia de uma mulher de 7 luas e um homem de 7 sóis, a Praia de Blimunda e Baltazar personagens do livro Memorial do Convento.

Desta forma alcançamos o Cabo de São Vicente e seguimos a bússola na direção norte, pela Costa Vicentina, ainda a refletir sobre as palavras de um amigo:

O tempo é uma imaginação nossa… É por isso que nós perdemos a liberdade de pensar e sermos livres, vivemos no quantitativo e não vivemos no qualitativo. Por isso é que não temos vagar para coisa nenhuma…

CHICO SERPA



👣 32 km / Etapa 14 – 33

👣 25 km / Etapa 15 – 33

Sagres – Vila do Bispo

É curioso perceber que o nome Sagres deriva da palavra “sagrado”, e ainda mais que este promontório ocidental, para lá das colunas de Hércules, era conotado com o mundo lunar infernal e da morte. O mundo das trevas comparado, tal qual, como uma entrada num mundo fantástico e mítico, povoado de monstros, onde a natureza é inóspita e onde Saturno impera. 

Seja como for, Sagres carrega a importância de um local de estudos sobre métodos de navegação, astrologia e um dos principais pontos de partida para os descobrimentos portugueses.

Além disso, Sagres é também ponto de passagem, ou partida, para percursos pedestres como a Rota Vicentina, Trilho dos Pescadores e a Grande Rota Europeia, a GR 11 E9, que segue até São Petersburgo, na Rússia.

👣 25 km / Etapa 15 – 33


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👣 28 km / Etapa 16 – 33 

Vila do Bispo – Carrapateira

Partindo de Vila do Bispo seguimos por um Trilho Ambiental, ou seja uma pequena rota, cercada de pinheiros mansos que nos conduziu à extensa Praia do Castelejo

Dessa forma, caminhamos pelo areal e depois continuamos na linha de costa num percurso sinuoso, de vegetação agreste e terreno exigente, voltando a encontrar o percurso marcado como Trilho dos Pescadores, na Praia do Amado, já na Carrapateira.

A Carrapateira é conhecida por suas praias, sobretudo pelos amantes do surf, mas seus encantos inclui contemplar o cenário rochoso e o sitio arqueológico de um antigo Povoado Islamico Sazonal de Pescadores.


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👣 28 km / Etapa 16 – 33 

👣 22 km / Etapa 17 – 33

Carrapateira – Arrifana

Embora tenhamos iniciado este dia de caminhanda pelo belo areal da Praia da Carrapateira, o percurso é maioritariamente entre falésias, pesqueiros e relevo de altimetria alternada, até à Praia de Vale Figueiras. 
Dali até à Praia do Canal, seguimos sobre seixos rolados cheios de limo, numa caminhada que só é possível quando iniciada no momento exato de maré baixa. 
É verdade que a caminhada do dia foi exigente, mas sem dúvida a natureza recompensou desde o primeiro ao último passo, culminando em mais um esplendoroso pôr do sol.

👣 22 km / Etapa 17 – 33

👣 18 km / Etapa 18 – 33



Arrifana – Aljezur

Neste desafio de seguir a linha costeira, além da dependência das marés, enfrentamos desníveis acentuados, encostas e terrenos instáveis que exigiu muita atenção e esforço. Contudo, conduziu-nos a recantos normalmente só utilizado por pescadores e moradores locais. Assim, logo à saída da Arrifana, seguimos em meio à vegetação agraste em constantes altos e baixos de terreno pedregoso até à Praia da Amoreira. Depois de passarmos pela Praia de Monte Clérigo alcançados por uma curiosa passagem entre quintais e varandas.
 
Todavia, antes da conclusão da caminhada do dia, ainda nos faltava um desafio, atravessar as doces águas da Ribeira de Aljezur na maré alta…Um desafio que exigiu ajuda para vencê-lo.

👣 18 km / Etapa 18 – 33





👣 28 km / Etapa 19 – 33

AljezurOdeceixe

Neste tipo de caminhada é natural pernoitar em parques de campismo, nossa opção pela costa portuguesa. Contudo, se há uma característica marcante neste tipo de hospedagem certamente é o convívio. Algo que facilmente transforma-se em festa, sobretudo, quando encontra-se uma turma muito especial.

E foi com essa energia que seguimos pela última etapa na região do Algarve, já que Odeceixe delimita a fronteira entre as regiões do Algarve e Alentejo. Um tramo de exigência costumeira, mas que retribui generosamente o esforço. Como, por exemplo, a passagem por praias como a Praia da Carreagem e a Praia do Vale dos Homens.

Em outras palavras, e como já dizia o poeta: 

Qualquer caminho leva a qualquer parte…Ir é ser. Não parar é ter razão.

FERNANDO PESSOA

Por isso, além de seguir connosco nessa caminhada, pensamos que vale a pena ouvir o concelho dessa turma e subscrever o nosso canal, compartilhar, deixar “joinha” e comentar os nossos videos.



👣 28 km / Etapa 19 – 33






👣 20 km / Etapa 20 – 33



Odeceixe – Zambujeira do Mar

Então, concluída a travessia pela linha costeira do Algarve, deste ponto a diante seguimos pelo Alentejo. Numa etapa que é em simultâneo  ponto de partida, ou fim do trajeto de caminhada, para quem segue o Trilho dos Pescadores. Encontrando também com os que preferem começar a caminhada em Lagos ou Sagres.


Por isso, esta foi uma etapa de encontrarmos com muitos caminhantes seguindo nas direções. Os nossos Beetles, ou seja, “besouros da espécie que caminha por trilhos”, vindos das mais diversas partes. Como por exemplo, os italianos do Discovering Reventino, da região da Calábria.






👣 20 km / Etapa 20 – 33





👣 24 km / Etapa 21 – 33

Zambujeira do Mar – Almograve

Bem como diz uma canção, ao caminhar neste percurso pedestre de ambiente natural, ocorre-nos a pergunta, “Você tem fome de que?

E da mesma forma que a canção pergunta, também responde por nós:

“A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte”


Afinal é preciso nutrir o corpo e a alma.

Assim sendo, tanto para o corpo como para a alma, não falta alimento na Costa alentejana. Em Cabo Sardão, por exemplo, desfrutamos o arroz de tamboril e depois seguimos a descobrir recantos com dicas de quem vive na região como, a Praia da Laguinha e a Praia do Cão com direito a passagem secreta. Além das belas cores do entardecer.



👣 24 km / Etapa 21 – 33


👣 15 km / Etapa 22 – 33 

Almograve – Vila Nova de Mil Fontes

E nada melhor que despertar com um convite inegável para um mergulho, antes de iniciar a caminhada. É assim em Almograve de onde partimos seguindo por belíssimas praias e desfrutando da melhor parte de qualquer caminho, o percurso.

Contudo, um passo após o outro, a Costa Vicentina segue surpreendendo e encantando. Pois ainda nas proximidades de Almograve, piscinas naturais nos detém para mais alguns mergulhos. Enquanto, mais a frente, saboreamos uns frutos silvestres da região – as “camarinhas” – e depois seguimos entre encontros e descobertas por praias, quase, só nossas.

Assim, chegamos ao final do dia, para a travessia de barco do Rio Mira para Vila Nova de Mil Fontes, em alternativa à passagem pela ponte rodoviária.


👣 15 km / Etapa 22 – 33 

👣 22 km / Etapa 23 – 33

Vila Nova de Mil Fontes – Porto Covo

Neste que é o último tramo do Trilho dos Pescadores, partimos desde a Praia do Farol em Vila Nova de Mil Fontes, onde milhares de pedras empilhadas na areia criam uma incrível galeria de arte improvisada ao ar livre.

Seguimos então, em direção a Porto Covo vivenciando experiências que só as longas horas ao ar livre em contato com a natureza permite. Como conhecer pessoas de diferentes culturas e idades pré dispostas a ultrapassar as suas próprias barreiras, como por exemplo, Gabrielli e Júlia que vieram da Itália para seguir o trilho na direção oposta. E, na manhã seguinte, Damien, um jovem francês que caminhava em busca de inspiração e coragem para pôr em prática seus sonhos.

Assim, naturalmente o tema do dia foi sobre acreditar, sobretudo, que é possível voar. Algo que até parece fácil quando se observa gaivotas do alto de lindas falésias, tendo o céu e o mar encontrando-se no horizonte como cenário de fundo.

Mas, quando realmente se quer tirar os pés do chão, não há terra firme capaz de segurar. Então, seguimos a intercalar mergulhos pelas praias do Malhão e dos Aivados, concluído o percurso na Praia da Ilha do Pessegueiro, com a benção do astro rei a iluminar o cair da tarde no habitual espetáculo, o pôr do sol na costa alentejana.

👣 22 km / Etapa 23 – 33






👣 20 km / Etapa 24 – 33 



Porto Covo – Sines

Já estamos em Porto Covo, não apenas ponto de partida mas também o ponto de conclusão do Trilho dos Pescadores. Além de ser uma das mais belas aldeias de Portugal, cercada por pequenas praias de areia fina e águas transparentes, que separadas por grandes rochedos, dando-nos a sensação de intimidade e exclusividade.

Realmente especial, a aldeia não apenas inspira artistas, como também possui muitas lendas. De forma que depois de sabermos sobre a Lenda do Vizir, a caminho da Praia de São Torpes uma pequenina contou-nos a Lenda da Jangada.

Tudo isso e ainda nem chegamos às terras de Vasco da Gama, alcançadas depois de vencermos a zona industrial.






👣 20 km / Etapa 24 – 33 



👣 25 km / Etapa 25 – 33

Sines – Lagoa de Santo André

Agora sim, chegamos a Sines, terras de Vasco da Gama, onde desfrutamos breves momentos com os pescadores, enquanto observávamos o ir e vir das embarcações cercadas pelo alvoroço de gaivotas a denunciar o bom resultado da lida no mar. E logo depois nos pomos em marcha em direção a uma das maiores praias da Europa, o cordão areal Sines-Troia por onde seguimos até à Lagoa de Santo André, uma reserva natural separada do atlântico por um cordão dunar.

Naturalmente, sendo uma grande extensão de areia, ela evidencia uma realidade à qual dedicamos o olhar nesta primeira, de quatro etapas, pelo cordão areal, numa análise sobre a relação entre o homem, o mar e o lixo, chegando a uma dura constatação sobre o que se joga fora e o que “pomos para dentro” até o Parque Natural da Lagoa de Santo André.

👣 25 km / Etapa 25 – 33



👣 18 km / Etapa 26 – 33 

Lagoa de Santo André – Praia da Galé

A seguir ao Parque Natural da Lagoa de Santo André o areal segue ladeado por imponentes arribas fósseis de cinco milhões de anos. Enquanto nós seguimos até a Praia da Galé, numa reflexão sobre os motivos e efeitos de caminhar, lembrando as palavras do filósofo Frédéric Gros, registrado no livro “Andar uma filosofia” e pessoas como um médico que adotou este estilo, definitivamente, aos 61 anos e justifica da seguinte forma:

“São as pessoas, os lugares, a dor e os trilhos É a alegria e as bênçãos que vêm com os quilómetros  É um chamado para alguns poucos afortunados para passear pelas franjas do azul turvo de Deus

Nimblewill Nomad 78 anos Outdoorsma Caminha desde os 61 anos, médico
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👣 18 km / Etapa 26 – 33 


👣 22 km / Etapa 27 – 33

Praia da Galé – Comporta

Depois de despertamos ao lado de impressionantes esculturas naturais de tons alaranjados criadas pela erosão, nossa caminhada seguiu ao lado de falésias até à Praia da Comporta.

Mas a Praia de Carvalhal também guarda formas arquitectónicas que chamou-nos à atenção, são as Cabanas de Colmo, originalmente construídas com caniços, madeiras e revestidas por fibras vegetais provenientes das dunas litorais e utilizadas por trabalhadores rurais, pescadores e salineiros em meados do século XX. Hoje em dia, alojamentos turísticos.


👣 22 km / Etapa 27 – 33

👣 20 km / Etapa 28 – 33

Comporta – Setúbal

A partir da Praia da Comporta já avistamos o rio Sado, ou seja, a Reserva Natural do Estuário do Sado. Assim como, ao fundo, a Serra da Arrábida, o que significa dizer, a próxima etapa desta caminhada.

A respeito da travessia do cordão areal Sines-Tróia, é importante dizer que nossa maior dificuldade foi vencer o terreno de areia fofa.
Contudo, embora trate-se de uma única e longa extensão de areia, o percurso exibe diferentes cenários e características. De forma que concluímos a travessia do areal num mar calmo de areia fina, já na Península de Tróia, de onde atravessamos para a Península de Setúbal e repomos as forças num delicioso rodízio de peixe.

👣 20 km / Etapa 28 – 33



👣 12 km / Etapa 29 – 33

Setúbal – Portinho da Arrábida

Agora chegamos à última região a ser percorrida antes de Lisboa, a Península de Setúbal e em continuação ao que até aqui fizemos, seguimos sempre pela linha da costa. O que significa percorrer o belíssimo Parque Natural da Arrábida.

Mas só depois de conhecer um dos mais importantes mercados de peixe do mundo, que exibe um belíssimo painel de 5.700 azulejos ilustrando a pesca e a agricultura local, o Mercado do Livramento, e apreciar a arte urbana de Setúbal. Da mesma forma, destaca-se um mural de 20 metros de altura eleito um dos 24 melhores do mundo, um trabalho feito pelo artista de rua Odeith. Além disso, é imprescindível experimentar o destaque da gastronomia local, o choco frito, o que obviamente, não nos furtamos.

E a seguir aos momentos turísticos que Setúbal convida, é hora de dedicar firmes passos na caminhada pelos terrenos acidentados da Serra da Arrábida, a qual retribui o esforço revelando suas praias protegidas de águas tranquilas e transparentes, onde a natureza criou um autêntico santuário. Entre sua belíssimas praias, há uma eleita como a Melhor Praia Europeia em 2017, a Praia de Galapinhos um tesouro ambiental inserida no valor biológico do ecossistema da Arrábida e protegida pela Reserva Natural e pelo Parque Marinho Luiz Saldanha. Contudo, a Serra da Arrábida guarda muitos outros tesouros, como as ruínas de uma fábrica romana da salga de peixe, junto à Praia do Creiro que descobrimos, antes de concluirmos a etapa no encantador cenário do Portinho da Arrábida.



👣 12 km / Etapa 29 – 33


👣 24 km / Etapa 30 – 33

Portinho da Arrábida – Sesimbra

Além da beleza natural no Portinho da Arrábida, destaca-se o Forte de Santa Maria da Arrábida, uma fortificação marítima que tinha a função de defender o chamado Portinho e Convento da Arrábida. Depois adaptada às funções de pousada pelos pais do poeta Sebastião da Gama que hoje integra o Parque Natural da Arrábida como Museu Oceanográfico.


A Serra da Arrábida que constitui uma linha de costa ao sul com a Foz do Sado, e a oeste sudoeste com o oceano atlântico, é riquíssima em biodiversidade com trechos escarpados esplendorosos e praias paradisíacas de areias claras. Da mesma forma, que abriga grutas e o alto do Jaspe.

A serra do risco tem o ar de uma onda que avança impetuosa e subitamente estanca e se esculpe no ar é uma onda de pedra e mato é fóssil de uma onda

Sebastião da Gama

Mas se por um lado chega-se à gruta da Lapa de Santa Margarida com alguma facilidade. Por outro, a caminhada até o alto do Jaspe é exigente. Sobretudo pela vegetação de arbustos densos e fechados. Contudo, as vistas panorâmicas desde esta suntuosa serra retribui majestosamente, enquanto se alcança a falésia mais alta da Europa continental o Píncaro, com 381 metros de altura.

a serra do risco

Então chega a hora de descer esta “onda”, o que significa dizer caminhar por trilhos da Serra do Risco até à Praia de Sesimbra. Mas não sem antes conhecer o Cabo de Ares e as ruínas de um antigo posto da guarda fiscal à beira de um mar de águas de azul profundo, com vista para a Praia da Cova, concluindo a jornada a desfrutar uma das especialidades gastronómicas local, o peixe espada preto.


👣 24 km / Etapa 30 – 33


👣 15 km / Etapa 31 – 33

Sesimbra – Cabo Espichel

Antes de seguirmos a caminhada, vale conhecer melhor Sesimbra, fundada perto do castelo árabe visto no alto de uma colina. Mas que a abundância da pesca fez com que a população muda-se para as margens do mar, tornando o que um dia foi um pequeno povoado de pescadores, num dos principais portos de pesca do país. Ao mesmo tempo que sua ligação com os povos árabes teve fim por volta do ano de 1200, quando D. Sancho I a conquistou definitivamente e entregou o Castelo dos Mouros aos cavaleiros da Ordem de Santiago. Além disso, Sesimbra possui vários percursos pedestres e praias como a praia do Ribeiro do Cavalo que exibe um cenário paradisíaco, alcançado depois de uma boa caminhada pelo trilho.


E seguindo neste cenário, naturalmente perfeito mas ainda com algum cansaço da etapa anterior, desgastante por exigir atenção na orientação enquanto elegíamos o melhor percurso em meio a vegetação local de nome apropriado às suas características “carrasco”, nesse dia nos deparamos com uma etapa semelhante em acumulado de desníveis negativos e positivos, ao mesmo tempo difere quanto à largura dos trilhos, neste caso mais largos e de fácil progressão.

Dessa forma, percorremos parte da rota Chão dos Navegantes de onde vê-se o Forte de São Domingos da Baralha, a primeira defesa da costa da Arrábida no século XVII e concluímos a etapa no Cabo Espichel.


👣 15 km / Etapa 31 – 33

👣 18 km / Etapa 32 – 33

Cabo Espichel – Lagoa de Albufeira

O Cabo Espichel é um dos lugares mais impressionantes da região denominada Costa Azul não apenas por suas origens, quando serviu de lugar defensivo do território. Mas, também pelo santuário dedicado à Nossa Senhora do Cabo Espichel. Ao mesmo tempo a região possui diversos percurso pedestres como, por exemplo, a Pequena Rota Maravilha do Cabo e, mais uma vez, um troço marcado da GR11 E9 que começa lá em Sagres.

Além disso, o Cabo Espichel preserva um sitio arqueológico com pegadas de dinossauros, o Monumento Natural dos Lagosteiros, próximo à Praia dos Lagosteiros. Nesse sentido é curioso saber que algumas dessas pegadas foram atribuídas a uma “mua” que, segundo a lenda, carregou Nossa Senhora ao alto da encosta.

Mas, independente de qualquer lenda, a verdade é que são muitas as marcas da passagem de dinossauros na região, o que por si só já vale a caminhada desta etapa concluída na companhia de um belo pôr do sol, na Lagoa de Albufeira. Depois de passarmos por muitas praias, entre elas a Praia do Meco.

👣 18 km / Etapa 32 – 33


👣 24 km / Etapa 33 – 33

Lagoa de Albufeira – Lisboa

Enfim, depois de 32 dias de caminhada, chegamos à última etapa de Tanto Mar. De forma que partimos da Lagoa de Albufeira em direção a Lisboa, necessitando de ajuda da maré baixa, tal e qual quando iniciamos esta caminhada lá em Vila Real de Santo António, com propósito de seguir sempre pela linha da costa.

E da mesma forma que até aqui conseguimos vencer os obstáculos, dessa vez não foi diferente, passamos a barra da Praia da Lagoa de Albufeira para a Praia da Boca Velha sem grandes dificuldades.

Assim, seguimos pela Praia do Galherã, Praia dos Olhos de Água, Praia dos Medos de Albufeira, Praia Naturista da Adiça e Praia da Costa da Caparica entre falésias esculturais da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica e o mar, em meio a um emaranhado de lembranças do verão que já se despedia e um outono que se acercava.

Até que a Praia da Fonte da Telha despertou-nos dessas lembranças com seu agito, passando pela Praia da Morena as gaivotas e pescadores vieram se despedir e concluímos a sequência de praias na Praia da Saúde, uma forma feliz e providencial para nos despedirmos desse Tanto Mar.

Por fim, atravessarmos o Rio Tejo e chegarmos a Lisboa num típico fim de tarde lisboeta. E que nos perdoem as fadistas mas, como diz a canção de Ney Matogrosso, carregamos na mão direita o fado”.

Por isso não há mais a acrescentar, além de que chegamos à

Cidade a ponto luz bordada

Toalha à beira mar estendida

Lisboa menina e moça, amada…

Carlos do Carmo


👣 24 km / Etapa 33 – 33

curiosidade

A fim de esclarecer, o nome “Tanto Mar”, além do cenário percorrido deste país à beira mar plantado, teve inspiração na canção de mesmo nome e de autoria de Chico Buarque de Holanda. Do mesmo modo, é curioso saber que a canção se refere à Revolução dos Cravos que ocorreu em 25 de Abril de 1974. Conscientemente, iniciamos nossa caminhada num dia 25 de Abril, o Dia da Liberdade.

Ou seja, podemos dizer que quando temos liberdade, podemos caminhar em qualquer direção. Mas, em Portugal ela passa por cenários paradisíacos.

Por fim, e como dizia o poeta, “pelo sonho é que vamos”. Então, convidamos a seguir connosco e se gostar deste post e dos vídeos, partilhe com os amigos e subscreva o nosso canal.

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