A Ecopista do Dão é um percurso ciclopedonal, às margens do Rio Dão, mais precisamente entre Santa Comba Dão e Viseu. Além disso, a via se estende por 49 km configurando-se como a pista ciclável mais longa de Portugal. Nesse sentido é importante saber que a via é muito bem sinalizada, configurando assim uma excelente opção para conjugar diferentes atividades de lazer, em família, entorno da natureza.
Sendo assim, segue neste post na velocidade da Maria Fumaça e vamos pedalando pelos trilhos do tempo.
Pois, quem sabe, surpreenda-se a emitir um “Tic Tac, Tic Tac, Piuííííí…” depois de atravessar uma antiga ponte metálica, admirado pela bela paisagem. Da mesma forma, ao olhar como criança os detalhes de uma locomotiva a vapor do ano de 1885 e se deixar viajar no tempo. Contudo, talvez sejas um pouco mais adulto que nós e não chegue a tal ponto, mas certo é dizer que seja como for, trata-se de uma pedalada muito interessante.

nos tempos da maria fumaça
Ah, o tempo… Como tudo era diferente nos tempos da Maria. Assim eram chamadas popularmente as locomotivas a vapor no Brasil, devido à fumaça que produziam, “Maria fumaça”. Tudo muito diferente dos dias atuais, pois, se naquele tempo as locomotivas e as pessoas se locomoviam numa velocidade que permitia a prosa e a contemplação da paisagem, hoje, tudo segue tão rápido que já nem se apita.
Então, quando se vê, já se foi o dia de folga, as férias e o feriado.
Frequentemente, ouvimos que conjugar os interesses e atividades recreativas que inclua toda
a família com as poucas horas disponíveis, é um desafio que não resulta bem. Por vezes, gera um tipo de “desporto” que esvazia os bolsos, mais ainda, a alma. Sobretudo, se o tempo depois desse for a segunda-feira, que leva ao início do mesmo processo para chegarmos ao mesmo fim, o próximo fim de semana. Quando então, tudo se repete.
De forma que, ele, o tempo, passa feito o comboio que ficamos a ver, enquanto se distancia da paragem sem nem ao menos validarmos o bilhete. Pois, até ouvimos o apito, mas não conseguimos chegar atempadamente.

entrando nos trilhos
Então o desafio é pôr-se nos trilhos, unindo os interesses com o tempo. E isso pode estar a apitar no frescor das margens de um rio, ao som dos passarinhos, numa velocidade que o tempo levou, mas deixou os trilhos e caminhos que podem ser percorridos. Que pode ser desde um treino duro ou uma simples pedalada. Da mesma forma, um piquenic, uma caminhada ou corrida.
Bem como o bom e velho estilo de “dolce far niente” à moda italiana, sob a sombra de uma árvore a ver o rio passar desde a Ecopista do Dão. Pois, além de tudo isso, os dias de sol convidam à uns bons mergulhos no Rio Dão.
É ou não é uma boa desculpa para entrar nos trilhos?
pontos de acesso e apoio
Acima de tudo a Ecopista do Dão segue sem grandes desníveis, de forma que rola-se se com facilidade. Enquanto o pavimento é colorido, nas cores azul, verde e vermelho, de acordo com o concelho por onde passa, respectivamente, Dão, Tondela e Viseu.
Além disso, os túneis – iluminados com energia solar, assim como os posts ao longo do percurso – e antigas estações abandonadas, eventualmente transformadas em cafés, tornando ainda mais interessante está via adequada a qualquer tipo de bicicleta. Nesse sentido, os amantes de pistas mais “selvagens” talvez se interessem pela Ecopista do Corgo, outra uma excelente opção.
Em suma, é uma questão de equipar-se como apetecer e seguir a pôr a vida nos trilhos, sem perda de tempo. Ou seja, apita o comboio e segue a desfrutar da Ecopista do Dão – também em video no fim do post – e boas pedaladas

Gostei imenso do “apita o combóio”! Continuem sempre em GRANDE! Um abraço aos 2